O MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO - E A INCLUSÃO DIGITAL - Resumo
Hoje as distâncias e o tempo em muitos casos deixaram de existir, a velocidade que se processam as informações, a transmissão de mensagens, de dados e imagens tornou o tempo em nosso planeta secundário. O tempo está sendo deixado de medir em anos, meses, horas, minutos, e sim em K-bytes/Segundos, fazendo com que a comunicação ou decisões podem ser estabelecidas instantaneamente, onde o tempo é praticamente zero, e na mesma velocidade pode chegar a muitos lugares simultaneamente. Os Sinônimos de Meio-Técnico Científico são: Velocidade, Instantaneidade e Simultaneidade.
A Revolução Tecnológica:
A revolução tecnológica iniciada lá na Terceira Revolução Industrial mudou completamente as relações entre pessoas, entre grupos sociais e entre as nações. A técnica em si, não é nova, nasceu junto com o homem, um ser capaz de pensar, formular idéias, portanto criar, inovar e as técnicas são e sempre foram usadas neste processo. Como o mundo sempre teve períodos de maior ou menor desenvolvimento, com a tecnologia também foi assim e para nossa felicidade o emprego da tecnologia disponível possibilitou a inovação, a descoberta de novas técnicas de novas tecnologias, e o processo se acelerou, chegando ao atual momento. Não vai parar aí, chamamos de tecnologias avançadas, tecnologias de ponta, mas isto é para o nosso tempo atual, daqui alguns anos tudo isso será obsoleto, ultrapassado.
Não foram somente as mensagens digitais, os dados e imagens que teve o transporte acelerado, as mercadorias, as pessoas, as redes de transportes foram otimizadas, os preços caíram, o acesso aumentou. As mercadorias, os materiais, com uma produção linkada na informação, o processo pode ser monitorado e comandado a distância e assim, produzido in-loco. Com isso o espaço geográfico se reestruturou, se transformou, dividiu e em outros casos se aglutinou, a microeletrônica, as telecomunicações e a informática reestruturaram o trabalho, a economia e as relações sociais.
O Capitalismo:
O Capitalismo domina o mundo, seus atores são competitivos e as empresas promovem constantemente renovação técnica para aumentar a produção, diminuir custos e conseqüentemente aumentar os lucros. As empresas mais competentes saem na frente e o consumidor também ganha com produtos de melhor qualidade e mais baratos. Toda essa tecnologia está mudando nossos costumes, algumas coisas continuam circulando, mas não mais fisicamente, antes para ouvir uma música ou filme era preciso um disco e um aparelho, o disco praticamente já desapareceu, só ficaram os aparelhos, ainda assim alguns muito diminutos, o dinheiro pouco se vê, se transformou em códigos, senhas e números que circulam digitalmente através de bancos de dados. Antes um pagamento entre duas cidades relativamente perto demoravam semanas, hoje gira o mundo, chega a vários lugares ao mesmo simultaneamente a apenas um click.
Se por um lado os horizontes se alargam no campo das idéias, conhecimentos, na velocidade da luz, por outro lado o espaço foi sendo aos poucos comprimido desde que o homem inventou a Locomotiva, depois o Automóvel, Aviões Supersônicos, o Rádio, a Televisão, o Telefone, com mercadoria, pessoas, informações, bens e serviços chegando cada vez mais rápido aos locais de destino, não chegaram nem perto com o uso das novas tecnologias que praticamente integrou em uma rede todo o processo.
O sistema econômico, o Capitalismo sempre buscou encurtar as distâncias para que o fluxo do capital fosse mais rápido visando aumentar a eficiência no atendimento, diminuir custos de fretes, por exemplo, para que tudo o que seja produzido chegue o mais rápido ao cliente consumidor, isto reduz custo e aumenta o consumo, já que a lógica do capitalismo é sempre aumentar os lucros, aumentar o capital. Desde a invenção das locomotivas e navios a vapor a preocupação com a derrubada de barreiras espaciais sempre foi uma constante, uma questão geográfica que o capitalismo sempre buscou resolver. Aos poucos as barreiras foram sendo derrubadas, a cada invento, a cada inovação, primeiro foram às locomotivas, os navios, depois o automóvel, o telefone, rádio, avião, televisão, foram aos poucos formando redes técnicas geográficas de circulação e de comunicação que acelerou o consumo, a produção, aumentaram os lucros e que possibilitou inovar ainda mais e chegando as novas tecnologias que acabou por comprimir o espaço e formar a rede mundial em que vivemos.
A INCLUSÃO E EXCLUSÃO:
Esta grande rede do processo global é formada por outras redes que se interligam ou se sobrepõem, cada uma usando uma tecnologia, onde tudo é integrado, e a população teoricamente participa de tudo. Mas as novas tecnologias é como o próprio capitalismo, integra e ao mesmo tempo exclui. Esta exclusão é feita de formas diversas, a mais simples e notada é a falta de acesso à estas tecnologias, como o acesso à informática, o acesso à internet, às ferramentas e recursos que compõem o grande leque das novas tecnologias. Outras exclusões vêm da aplicação destas inovações como a criação de robôs, máquinas automáticas, comandadas por computadores que a cada dia mais substitui o ser humano.
Outra forma de exclusão é pelo simples fato do cidadão não ter acesso adequado aos recursos financeiros, como nas camadas mais pobres de qualquer sociedade, ou mais ainda nos países menos desenvolvidos. Portanto a exclusão acontece de forma global, ocorrendo também naqueles países tidos como de alta tecnologia, onde está é intensamente aplicada, acabando por substituir o trabalhador e estes aumentando as estatísticas dos desempregados em todo o Planeta.
Professor:
Calegari, Luiz Maximo. Licenciado em Geografia pela FEF - Fundação Educacional de Fernandópolis – SP – Pós Graduado em Docência do Ensino Superior pelo IEC – Instituto Educacional Carapicuíba